Eu não gosto de Natal. Pronto, falei. Nunca gostei. mas qual é o problema? Tem um monte de gente que não gosta de bife de fígado e eu adoro. Sempre achei o Natal uma data muito triste e enfadonha, muito sentimento solto à procura do primeiro desavisado para se agarrar.
Atualmente o Natal me cansa. Não tenho nenhum vínculo com qualquer corrente religiosa e o simbolismo cristão não me convence. Fora que de uns tempos pra cá o que menos tem se visto na festa são os rituais ligados à religião. Detesto o apelo ao consumo, à irracionalidade de zumbis circulando freneticamente por ruas e shoppings lotados. As pessoas, coisas, comidas, ou seja, tudo nessa época do ano ativa o botão do meu cérebro que diz FAKE.
Assim sendo, eu venho ignorando/sabotando o Natal ao longo dos anos que me permito viver de acordo com minhas próprias convicções.
No primeiro Natal deste blog, me recordo tivemos nosso momento "esse é um dia como qualquer outro" e resolvemos comer uma pizza preparada em casa sem maiores comemorações, exceto pelos desejos de Feliz Natal de praxe que você dá aqui é ali para todos que estão fora desse estranho mundo de desinventar tradições. Que fique claro que meus desejos de felicidade ao próximo são sinceros, mas eles valem para todo o ano e não apenas para o mês de dezembro.
No Natal seguinte - ano passado - eu tava off-blog, mas nem por isso deixei de dar aquela desatenção que as comemorações natalinas merecem. Fiquei sozinha em casa. Acho que comi qualquer macarrão da revolta anti-Papai Noel e fui dormir, porque era o que podia ser feito naquele momento.
Neste ano, acho que todo mundo já se acostumou com minha falta de habilidade para tal coisa e ninguém fica mais me perguntando que que eu vou fazer no Natal. Ainda perguntam se eu vou ficar em casa no Natal, mas note que isso já é uma evolução se comparada ao questionamento anterior. Essa famigerada pergunta - sobre minhas intenções celebratórias - me causava o arrepio inicial que só ia piorando com a profusão de velhinhos, renas, árvores e bolas em todo lugar onde você passa ao longo dos dias que antecedem o 25 de dezembro.
Aí, além de já ser do contra, a pessoa resolve fazer o que para o almoço e jantar da véspera? Bife de fígado!! Sim, eu adoro e ainda posso inventar minhas próprias tradições. Nada de Chester [oi?], Ave Fiesta [oi? oi?] ou coisas que não gosto de comer - até a rabanada tem sido repensada na minha lista de coisas que gosto. Tá! Meu discurso anti-Natal tá parecendo mais com uma negação confirmatória [isso deve ter um nome em psiquiatria]. Quando a pessoa diz que não querendo dizer sim. Nega tanto que faz exatamente o movimento de quem se importa demais.
O lance do bife de fígado não foi pensado para zoar o Natal, não. Poderia, mas não foi. O dia 24, 25 e adjacências de dezembro para mim não significam nada. Faço tudo como qualquer outro dia, exceto pelos serviços que não abrem ou por qualquer necessidade de ir no mercado que certamente ficará suspensa até o próximo dia em que a população retome sua sanidade mental e volte a se comportar de maneira um pouco menos apoplética.
A história do fígado, foi que nós aqui em casa teremos de ir à cidade grande [Rio de Janeiro] e vamos aproveitar para ir ao Hemorio doar sangue. Na última vez que tentei fazer isso, fui reprovada no teste do ferro e desta vez resolvi me garantir com antecedência. Por isso, essa refeição nutritiva, cheia de proteína animal, verduras escuras e suco de laranja para ficar tudo bem absorvidinho. Como disse, dia normal.
Não vou passar receita de bife de fígado aqui porque ninguém gosta dessa p*rra mesmo. Mas o fato é que enquanto estava comendo percebi que minhas habilidades culinárias me fizeram enxergar um mundo novo. Aprendi a preparar bife de fígado em casa de um jeito que consistia, entre outras coisas, em bater na carne antes de temperar e fritar. Só que, analisando a coisa toda, isso não faz o menor sentido, a não ser que a intenção seja comer carne dura. O fígado é uma carne super macia, mais macia que quase qualquer coisa e bater nele faz com que fique rígido. Sendo assim, hoje penso como consigo processar as informações que recebo e melhorar coisas que já eram boas o suficiente para mim [em uma época em que meu gosto e/ou escolhas eram bem diferentes].
Ah! Eu não tenho nada contra quem celebra o Natal. Tampouco julgo as pessoas [só algumas] que adoram a data e tem suas próprias necessidades de comemoração. Não penso que minhas escolhas são as corretas e pode ser que em algum momento eu possa rever tudo isso, mas por enquanto Natal é só para a parte de mim que deve/se esforça para socializar com o resto da humanidade.
Existem 1.475.876 sites sobre gastronomia, culinária, receitas e afins... Desses, eu frequento com certa regularidade pelo menos uns 598.009... Mas, nem sempre, para não dizer quase nunca, as receitas que vejo são seguidas à risca... Às vezes, mudo um ingrediente, às vezes, pego um pouco de umas três ou quatro receitas... Criei esse blog de mim para mim mesma como uma forma de ter sempre um lugar para lembrar quais receitas funcionaram, de quais eu gostei e como foram feitas por mim.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Qual é a resposta?
Qual é a resposta certa para:
"Sabe de uma coisa, eu queria comer sorvete, mas tô cheio."
"E qual é a solução para essa equação?"
"Vomitar?!!"
Pois é, mais fácil do que parece. Esse foi o diálogo produtivo que acabei de participar.
"Sabe de uma coisa, eu queria comer sorvete, mas tô cheio."
"E qual é a solução para essa equação?"
"Vomitar?!!"
Pois é, mais fácil do que parece. Esse foi o diálogo produtivo que acabei de participar.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Cozinha produtiva em 3, 2... 1
Hoje, 22 de dezembro, nada como as férias para fazer com que a cozinha seja produtiva. Resultado de um dia de produção a toda é muita comida e por sorte, até agora dando certo.
Começando pelo que ficou pronto primeiro. Bolo de limão. Receita já testada muitas vezes e que normalmente funciona. Bolo fofinho, aerado e com goto acentuado de limão, porque, bem, leva suco de limão na massa, né? As únicas alterações do original são a falta de cobertura, porque cobertura não é muito bem aceita por essas bandas, e uma redução drástica na quantidade de manteiga da receita original. Usei 100 gramas, metade do que pedia a receita. Aliás, já venho testando esse bolo com menos manteiga toda vez que faço, mas o limite tinha sido 150 gramas. Hoje reduzi mais 50 gramas e comprovei o que já desconfiava por lógica de ciência bolística, para 300 gramas de farinha de trigo usar 200 gramas de manteiga é só um passo a mais para a ponte de safena. Aliás 2: essa é a única implicanciazinha que tenho em relação ao receitas do site em questão, é sempre muita manteiga. Mas que fique claro que as adoro o site, acompanho pelo feed, gosto muito do texto da autora e sempre tenho sucesso com as receitas publicadas. Acabo mesmo é dando uma filtrada pela quantidade de manteiga presente na receita ou faço testes reduzindo a sua proporção.
Agora só falta o frango. Frango assado de domingo, só que ao estilo estripador... Em pedaços.
O hoje do post já é ontem, só que depois de um dia tão produtivo e da barriga cheia do jantar não consegui voltar para terminar a história.
Sem problema, pois pelo menos desta vez eu estou voltando para finalizar dignamente um post quando escrevo em algum ponto que vou fazê-lo. Ou quando fica uma ponta solta no texto.
O fato é que passei uma manhã inteira me xingando porque não lembrava de como fiz o último frango assado aqui em casa. Isso, porque na minha memória ele tinha ficado muito bom e podia ser repetido sem erro. Tempos difíceis esses sem anotar as coisas em um pedaço de papel virtual.
Daí que resignada por não conseguir acionar a lembrança, comecei a busca - meio que só pra não dizer que não fiz - por uma anotação da receita em algum bloco de notas, em algum arquivo de algum computador. Na minha fase off-blog eu anotava algumas coisas que achava sensacionais em um arquivo para lembrar e publicar em um futuro que sabia, já no momento em que aquilo era o presente, que nunca iria chegar. Eu dificilmente faço essas coisas que guardo/escrevo/prometo como meta que vou realizar no futuro. Isso gerou um sem número de bons textos de faculdade não lidos e outros tantos de boas receitas não preparadas e incontáveis e-mails mais longos para os quais eu nunca voltei.
Como já era de se esperar a busca deu em nada. Eu não tinha nenhuma anotação de frango assado para recorrer. Vai de cabeça mesmo. Puxa da memória e segue o fluxo. Coloquei o frango em uma marinada de alho, pimenta branca, coentro em grãos, páprica, sal, azeite, suco de 1/2 laranja e alecrim. Ficou por aproximadamente 6 horas na geladeira. Depois coloquei os pedaços de frango com a pele virada para baixo em uma assadeira que foi na boca do fogão com: azeite, pimenta do reino moída na hora por cima, alguns dentes de alho, alecrim, mais um pouquinho de sal e cebola cortada em quartos. Deixei a pele do frango ficar bem torradinha e coloquei a assadeira no forno baixo. Deixei cerca de meia hora e virei os pedaços para a pele ficar para cima e o cozimento continuar. Fui regando de tempo em tempo para não perder a suculência. Funcionou bem, mas da próxima vez viraria os pedaços antes de ir para o forno cobriria com alumínio e deixaria menos tempo. Acho que ganharei em suculência.
Com o fundo da assadeira fiz um molho e comemos com aipim que também foi ao forno com parmesão azeite, sal e pimenta. Acho que numa outra ocasião colocarei o aipim com o frango para ver o que acontece.
Na boa, faltou só uma cerveja pra acompanhar. Até mesmo quem não é de beber alcoólicos sinalizou a falta como uma baixa na refeição. Fica pra próxima!
Quase que eu esqueço. Teve sobremesa. Sorvete de baunilha feito em casa [aqui] mas com 2 vezes a quantidade de leite eme relação ao creme de leite e 6 gemas. Não, não foi feito nessa mesma leva de cozinha produtiva, mas foi um dos melhores sorvetes de baunilha que eu já fiz até agora.
Foi corrido, cansativo [dormi como uma pedra depois de jantar + Breaking Bad]. No entanto, fiquei satisfeita com tudo o que produzi. Acho que acordei para isso ontem. Não sei se são as férias ou a necessidade de acabar com qualquer vestígio de comida em casa antes de viajar, mas continuo com a cabeça na cozinha. Rever prioridades talvez.
Começando pelo que ficou pronto primeiro. Bolo de limão. Receita já testada muitas vezes e que normalmente funciona. Bolo fofinho, aerado e com goto acentuado de limão, porque, bem, leva suco de limão na massa, né? As únicas alterações do original são a falta de cobertura, porque cobertura não é muito bem aceita por essas bandas, e uma redução drástica na quantidade de manteiga da receita original. Usei 100 gramas, metade do que pedia a receita. Aliás, já venho testando esse bolo com menos manteiga toda vez que faço, mas o limite tinha sido 150 gramas. Hoje reduzi mais 50 gramas e comprovei o que já desconfiava por lógica de ciência bolística, para 300 gramas de farinha de trigo usar 200 gramas de manteiga é só um passo a mais para a ponte de safena. Aliás 2: essa é a única implicanciazinha que tenho em relação ao receitas do site em questão, é sempre muita manteiga. Mas que fique claro que as adoro o site, acompanho pelo feed, gosto muito do texto da autora e sempre tenho sucesso com as receitas publicadas. Acabo mesmo é dando uma filtrada pela quantidade de manteiga presente na receita ou faço testes reduzindo a sua proporção.
Bolo de limão, com limão mesmo |
De perto |
A segunda coisa que ficou pronta, foi um tabuleiro de granola, mas essa é a mesma receita que venho fazendo e adaptando a muito tempo. Tem algumas coisas interessantes que acontecem com essa granola. Ela nunca fica com o mesmo gosto e depois que comecei a fazer nunca mais comprei granola industrializada para comermos em casa. Vai um pouco de tudo e a receita já está totalmente adaptada ao nosso gosto [meu gosto] por menos açúcar [essa é uma vantagem] e também a praticidade para preparar. Tudo vai em um único recipiente, suja menos louça e normalmente faço quando dá pra aproveitar o forno de alguma maneira. Prático e rápido. Enquanto escrevo isso a outra parte dessa história tá lá comendo e guardando a granola - exatamente nessa ordem - para garantir sua cota de fibras da semana. E o cheiro do pão tá vindo do forno exatamente como deveria ser toda tarde meio chuvosa de domingo nas férias quando a pessoa acorda com uma inquietação que só pode ser um caboclo cozinhador acoplado.
E o pão é o terceiro prato do dia. Um pão de mandioca muito bom. Mesmo. Sério. Nunca tinha feito pão com outro ingrediente principal que não a farinha. Já havia pensado em pão de batata, mas não executei. Comi um pãozinho e ele está espetacular, cheiroso, com um aroma leve de alecrim e muito, mas muito fofo. E a casca. Hum, a casca. Tá tão crocante, fazendo barulho de pão que dá até gosto. Isso me fez anotar mentalmente [e textualmente também] que preciso testar as forminhas de silicone para panificação, visto que as melhores cascas foram dos três pãezinhos que coloquei nas forminhas de silicone porque não couberam no tabuleiro. A receita veio daqui, mas sofreu alteração. Reduzi a quantidade de farinha para 500g, sendo 400 gramas de farinha de trigo branca e 100 gramas de semolina. Acrescentei também um pouco de alecrim picado na massa que confere o efeito surpresa quando você morde e eventualmente sente o gosto da erva. Para a próxima tentativa, vou reduzir bastante a quantidade de fermento, nem que para isso tenha que aumentar o tempo de fermentação, pois acho irá ficar mais interessante e com menos cheiro e gosto da levedura. Creio que a receita foi pensada originalmente para não dar errado e por isso a quantidade de farinha e fermento são maiores que a necessidade real.
Juntinhos |
Pãezinhos de mandioca |
O hoje do post já é ontem, só que depois de um dia tão produtivo e da barriga cheia do jantar não consegui voltar para terminar a história.
Sem problema, pois pelo menos desta vez eu estou voltando para finalizar dignamente um post quando escrevo em algum ponto que vou fazê-lo. Ou quando fica uma ponta solta no texto.
O fato é que passei uma manhã inteira me xingando porque não lembrava de como fiz o último frango assado aqui em casa. Isso, porque na minha memória ele tinha ficado muito bom e podia ser repetido sem erro. Tempos difíceis esses sem anotar as coisas em um pedaço de papel virtual.
Daí que resignada por não conseguir acionar a lembrança, comecei a busca - meio que só pra não dizer que não fiz - por uma anotação da receita em algum bloco de notas, em algum arquivo de algum computador. Na minha fase off-blog eu anotava algumas coisas que achava sensacionais em um arquivo para lembrar e publicar em um futuro que sabia, já no momento em que aquilo era o presente, que nunca iria chegar. Eu dificilmente faço essas coisas que guardo/escrevo/prometo como meta que vou realizar no futuro. Isso gerou um sem número de bons textos de faculdade não lidos e outros tantos de boas receitas não preparadas e incontáveis e-mails mais longos para os quais eu nunca voltei.
Como já era de se esperar a busca deu em nada. Eu não tinha nenhuma anotação de frango assado para recorrer. Vai de cabeça mesmo. Puxa da memória e segue o fluxo. Coloquei o frango em uma marinada de alho, pimenta branca, coentro em grãos, páprica, sal, azeite, suco de 1/2 laranja e alecrim. Ficou por aproximadamente 6 horas na geladeira. Depois coloquei os pedaços de frango com a pele virada para baixo em uma assadeira que foi na boca do fogão com: azeite, pimenta do reino moída na hora por cima, alguns dentes de alho, alecrim, mais um pouquinho de sal e cebola cortada em quartos. Deixei a pele do frango ficar bem torradinha e coloquei a assadeira no forno baixo. Deixei cerca de meia hora e virei os pedaços para a pele ficar para cima e o cozimento continuar. Fui regando de tempo em tempo para não perder a suculência. Funcionou bem, mas da próxima vez viraria os pedaços antes de ir para o forno cobriria com alumínio e deixaria menos tempo. Acho que ganharei em suculência.
Com o fundo da assadeira fiz um molho e comemos com aipim que também foi ao forno com parmesão azeite, sal e pimenta. Acho que numa outra ocasião colocarei o aipim com o frango para ver o que acontece.
Nem eu consigo saber se esse é o lado certo da foto |
Na boa, faltou só uma cerveja pra acompanhar. Até mesmo quem não é de beber alcoólicos sinalizou a falta como uma baixa na refeição. Fica pra próxima!
Quase que eu esqueço. Teve sobremesa. Sorvete de baunilha feito em casa [aqui] mas com 2 vezes a quantidade de leite eme relação ao creme de leite e 6 gemas. Não, não foi feito nessa mesma leva de cozinha produtiva, mas foi um dos melhores sorvetes de baunilha que eu já fiz até agora.
Foi corrido, cansativo [dormi como uma pedra depois de jantar + Breaking Bad]. No entanto, fiquei satisfeita com tudo o que produzi. Acho que acordei para isso ontem. Não sei se são as férias ou a necessidade de acabar com qualquer vestígio de comida em casa antes de viajar, mas continuo com a cabeça na cozinha. Rever prioridades talvez.
sábado, 21 de dezembro de 2013
Entre fatias, entrementes
Talvez esteja inaugurando uma nova série no blog. Talvez não. Mas o fato é que calor e tentativas, até agora bem sucedidas de levar almoço para o trabalho [uma pausa aqui que estou de férias e então não sei como isso acabará], fizeram-se repensar o conceito de sanduíche de modo a torná-lo uma opção viável tento pela praticidade quanto pelo ponto de vista nutricional.
Falar em praticidade é algo óbvio. Como dois pães com recheio não vão ser uma coisa rápida, fácil e indolor. O que também nos leva a mais uma conclusão óbvia sobre as vantagens de ter um sanduíche para levar de almoço no trabalho. E leve, não ocupa muto espaço na bolsa; não precisa requentar; e, quando frio, é uma boa opção para os dias quentes, etc., etc., etc.
Daí para a parte de fazer com que seu corpo se mantenha funcionando, como substituição da refeição, deve conter várias camadas para fazer algum sentido nutricional. Adoro camadas! Adoro comida com camadas coloridas, que você corta e vira um desenho no prato.
Tenho experimentado algumas receitas e as de hoje são duas muito boas que levam lombo de porco defumado.
Entre frio e quente, entre pão, lombo e cebola
2 pães de forma [nesse caso branco, porque era o que tinha, mas se tivesse de centeio, ou preto, ia ser ideal]
fatias de lombo de porco defumado
fatias de queijo minas frescal
1 cebola cortada em rodelas
folhas de radichio
mostarda
O modo de fazer tem uma lógica para otimizar o uso da panela e não perder muito tempo para montar. Eu, particularmente, organizei tudo cortado em uma tábua sobre o fogão e fui preparando os ingredientes separadamente em uma frigideira antiaderente.
Usei uma única frigideira para não perder o fio de praticidade necessária e economizar na hora da louça, mas se o pão pudesse ser feito separadamente, talvez ficasse melhor.
Primeiro de tudo: cebolas. Vão na frigideira com um pouco de manteiga, açúcar mascavo, sal e pimenta do reino até ficarem caramelizadas, ou um pouco antes [meu caso] se você estiver com pressa [muito eu]. ficou pronto? Com ou sem pressa? Reserve na própria tábua.
Agora vem as fatias de lombinho, as quais não precisam ser necessariamente passadas na chapa, mas tem gente que reclama que o "porco pode tá cru e é melhor esquentar um pouco só pra garantir".
Passado o lombo, é esquentar um pouco o pão e depois derreter o queijo, porque se derreter o queijo antes você pode ultrapassar a fronteira limite da quantidade aceitável de resíduos aceitáveis na panela para continuar usando ela sem lavar.
A montagem é simples: pão mostarda, radichio rasgado, lobinho, cebolas, queijo e... pão.
Acho que tomamos com um suco de limão e desceu muito bem.
Falar em praticidade é algo óbvio. Como dois pães com recheio não vão ser uma coisa rápida, fácil e indolor. O que também nos leva a mais uma conclusão óbvia sobre as vantagens de ter um sanduíche para levar de almoço no trabalho. E leve, não ocupa muto espaço na bolsa; não precisa requentar; e, quando frio, é uma boa opção para os dias quentes, etc., etc., etc.
Daí para a parte de fazer com que seu corpo se mantenha funcionando, como substituição da refeição, deve conter várias camadas para fazer algum sentido nutricional. Adoro camadas! Adoro comida com camadas coloridas, que você corta e vira um desenho no prato.
Tenho experimentado algumas receitas e as de hoje são duas muito boas que levam lombo de porco defumado.
Entre frio e quente, entre pão, lombo e cebola
2 pães de forma [nesse caso branco, porque era o que tinha, mas se tivesse de centeio, ou preto, ia ser ideal]
fatias de lombo de porco defumado
fatias de queijo minas frescal
1 cebola cortada em rodelas
folhas de radichio
mostarda
O modo de fazer tem uma lógica para otimizar o uso da panela e não perder muito tempo para montar. Eu, particularmente, organizei tudo cortado em uma tábua sobre o fogão e fui preparando os ingredientes separadamente em uma frigideira antiaderente.
Usei uma única frigideira para não perder o fio de praticidade necessária e economizar na hora da louça, mas se o pão pudesse ser feito separadamente, talvez ficasse melhor.
Primeiro de tudo: cebolas. Vão na frigideira com um pouco de manteiga, açúcar mascavo, sal e pimenta do reino até ficarem caramelizadas, ou um pouco antes [meu caso] se você estiver com pressa [muito eu]. ficou pronto? Com ou sem pressa? Reserve na própria tábua.
Agora vem as fatias de lombinho, as quais não precisam ser necessariamente passadas na chapa, mas tem gente que reclama que o "porco pode tá cru e é melhor esquentar um pouco só pra garantir".
Passado o lombo, é esquentar um pouco o pão e depois derreter o queijo, porque se derreter o queijo antes você pode ultrapassar a fronteira limite da quantidade aceitável de resíduos aceitáveis na panela para continuar usando ela sem lavar.
A montagem é simples: pão mostarda, radichio rasgado, lobinho, cebolas, queijo e... pão.
Acho que tomamos com um suco de limão e desceu muito bem.
domingo, 15 de dezembro de 2013
Selva de varanda
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sobrou aipim do bom? Sopa
Essa é uma receita de sobras. Eu tô com muita má vontade para escrever ultimamente. No entanto sinto que boas ideias se perderão caso eu não as coloque no "papel". Essa sopa é uma dessas boas ideias que surgem no momento em que se cozinha e depois vão sendo suplantadas por novas coisas que acontecem e com a dinâmica de cozinhar para o dia a dia.
Não tá muito quente pra sopa? Não está meio fora de estação? Sim, mas felizmente onde eu moro o clima colabora bastante para o ato de comer alimentos quentes. Frio não tá, no entanto, à noite um caldinho cai bem e não mata os comensais de tanto suar.
Esse caldo de aipim não é nada levinho, porque acho que ser pesado é da constituição própria do dito vegetal. Ainda usei bacon para dar um gosto e isso torna a coisa mais heavy ainda. Não é nenhum feijão carregado que vem com aquela moleza pós-prato mas dá uma tristezinha boa depois de comer.
Usei um aipim muito bom, que já estava cozido e desmanchando antes de ir para a panela do caldo. Eu comprei ele com um dos locais aqui da região que vende legumes/frutas/verduras de porta em porta [Ah! A vida no campo], bem melhor que enciclopédia, perfume e palavras vazias sobre alguma coisa transcendental. Cozinhei todo o aipim comprado, com uma parte fiz um escondidinho vegetariano de cogumelos que também merece um post e as sobras ficaram na geladeira meio sem destino.
Quando cheguei ao limite do dilema o que teremos para o jantar, lembrei das sobras do aipim e resolvi fazer uma sopinha pra aquecer esse resquício de dias frios que já se foram a muito tempo junto com o inverno. A receita, como foi totalmente intuitiva vai daquele modo contado mesmo, porque não tem muita medida ou coisa do tipo, é tudo meio como está seu espírito no momento e quais são os ingredientes que tem em casa.
Primeiro de tudo, foi para o pilão, alho [tipo 3 dentes], pimenta branca em grãos, uma pimenta de cheiro fresca que parece uma pitanga e foi recolhida dos vasinhos de tempero [faz muita diferença e poderia ter colocado mais se eu tivesse. No meu pé só tinha uma pimenta madura e me arrependi de não ter trazido um pouco dessa pimenta que estava jogava aos montes na sala do café no trabalho]. Além disso, acrescentei aos temperos pilados um punhado de sálvia e sal.
Na panela quente com um fio de azeite foi bacon em cubos até soltarem bem a gordura e ficarem crocantes - meio à pururuca, se é que isso é correto de se afirmar para bacon. Depois que eles estavam no ponto, foram retirados da panela e colocados para escorrer no papel toalha. Na gordura do bacon, refoga-se um pouco de cebola [meia] com os temperos do pilão. Por fim vai o aipim cortado em cubos para refogar um pouco nesses temperos. Quando começar a grudar no fundo da panela é hora de juntar uma dose - generosa - de cachaça para deglaçar. Aqui foi a melhor ideia que eu tive desde que comecei a fazer essa sopa. Nunca pensei que o gostinho e o aroma da bebida fossem ficar tão presentes na hora de comer e que isso fosse tão agradável. Bom também se quiser afogar as mágoas durante o jantar, porque embora não dê para embebedar ninguém, pelo menos é uma desculpa.
Feito isso, foi só juntar um pouco de caldo. Qualquer caldo serve, mas usei um de grão de bico que tinha congelado. Acertar o sal e a pimenta, voltar com o bacon para a panela na hora de servir para que ele fique crocante e não ensopado.
Esqueci de comentar que enquanto estava apurando no fogo, já com o caldo, juntei um pedaço pequeno da casca de um queijo parmesão para ajudar a desenvolver o sabor do caldo e também funcionou.
Como sempre, eu não tenho fotos. Não que eu não goste delas. É que eu sempre esqueço de tirar e foto de caldo, à noite, sem tripé, dificilmente iria ficar publicável.
Tudo que eu sei, é que esse caldo de aipim e pinga [porque a pinga ficou presente] merece ser repetido, porque foi uma ótima refeição. Apreciada com torradas feitas de ciabatta que comprei na padaria cheia de esperança de que fosse abri-la e ver aqueles alvéolos bonitos. Ledo engano, o pão tava bem meia boca, com muito fermento e provavelmente sem o tempo de fermentação que merecia. Ao ver minha decepção, meu querido companheiro só falou: "Mas também o que você esperava". Eu tinha esperança, tá. Contra-argumentei que a padaria parecia tão legal, toda arrumada e com coisas caras e de rico por todos os lados, achei que pelo menos podiam se dignar a fazer um pão clássico decente e não fazer um pão chato coberto de farinha querendo enganar o consumidor. Então não bota a p*rra do nome do pão de ciabatta na etiqueta.
Sem problema, o caldo de aipim levemente encachaçado tornou o pão um coadjuvante bem fuleirinho que nem recebe fala nenhuma e não atrapalha o andamento do script.
Resolução do dia: espero por posts com um pouco mais de inspiração.
Não tá muito quente pra sopa? Não está meio fora de estação? Sim, mas felizmente onde eu moro o clima colabora bastante para o ato de comer alimentos quentes. Frio não tá, no entanto, à noite um caldinho cai bem e não mata os comensais de tanto suar.
Esse caldo de aipim não é nada levinho, porque acho que ser pesado é da constituição própria do dito vegetal. Ainda usei bacon para dar um gosto e isso torna a coisa mais heavy ainda. Não é nenhum feijão carregado que vem com aquela moleza pós-prato mas dá uma tristezinha boa depois de comer.
Usei um aipim muito bom, que já estava cozido e desmanchando antes de ir para a panela do caldo. Eu comprei ele com um dos locais aqui da região que vende legumes/frutas/verduras de porta em porta [Ah! A vida no campo], bem melhor que enciclopédia, perfume e palavras vazias sobre alguma coisa transcendental. Cozinhei todo o aipim comprado, com uma parte fiz um escondidinho vegetariano de cogumelos que também merece um post e as sobras ficaram na geladeira meio sem destino.
Quando cheguei ao limite do dilema o que teremos para o jantar, lembrei das sobras do aipim e resolvi fazer uma sopinha pra aquecer esse resquício de dias frios que já se foram a muito tempo junto com o inverno. A receita, como foi totalmente intuitiva vai daquele modo contado mesmo, porque não tem muita medida ou coisa do tipo, é tudo meio como está seu espírito no momento e quais são os ingredientes que tem em casa.
Primeiro de tudo, foi para o pilão, alho [tipo 3 dentes], pimenta branca em grãos, uma pimenta de cheiro fresca que parece uma pitanga e foi recolhida dos vasinhos de tempero [faz muita diferença e poderia ter colocado mais se eu tivesse. No meu pé só tinha uma pimenta madura e me arrependi de não ter trazido um pouco dessa pimenta que estava jogava aos montes na sala do café no trabalho]. Além disso, acrescentei aos temperos pilados um punhado de sálvia e sal.
Na panela quente com um fio de azeite foi bacon em cubos até soltarem bem a gordura e ficarem crocantes - meio à pururuca, se é que isso é correto de se afirmar para bacon. Depois que eles estavam no ponto, foram retirados da panela e colocados para escorrer no papel toalha. Na gordura do bacon, refoga-se um pouco de cebola [meia] com os temperos do pilão. Por fim vai o aipim cortado em cubos para refogar um pouco nesses temperos. Quando começar a grudar no fundo da panela é hora de juntar uma dose - generosa - de cachaça para deglaçar. Aqui foi a melhor ideia que eu tive desde que comecei a fazer essa sopa. Nunca pensei que o gostinho e o aroma da bebida fossem ficar tão presentes na hora de comer e que isso fosse tão agradável. Bom também se quiser afogar as mágoas durante o jantar, porque embora não dê para embebedar ninguém, pelo menos é uma desculpa.
Feito isso, foi só juntar um pouco de caldo. Qualquer caldo serve, mas usei um de grão de bico que tinha congelado. Acertar o sal e a pimenta, voltar com o bacon para a panela na hora de servir para que ele fique crocante e não ensopado.
Esqueci de comentar que enquanto estava apurando no fogo, já com o caldo, juntei um pedaço pequeno da casca de um queijo parmesão para ajudar a desenvolver o sabor do caldo e também funcionou.
Como sempre, eu não tenho fotos. Não que eu não goste delas. É que eu sempre esqueço de tirar e foto de caldo, à noite, sem tripé, dificilmente iria ficar publicável.
Tudo que eu sei, é que esse caldo de aipim e pinga [porque a pinga ficou presente] merece ser repetido, porque foi uma ótima refeição. Apreciada com torradas feitas de ciabatta que comprei na padaria cheia de esperança de que fosse abri-la e ver aqueles alvéolos bonitos. Ledo engano, o pão tava bem meia boca, com muito fermento e provavelmente sem o tempo de fermentação que merecia. Ao ver minha decepção, meu querido companheiro só falou: "Mas também o que você esperava". Eu tinha esperança, tá. Contra-argumentei que a padaria parecia tão legal, toda arrumada e com coisas caras e de rico por todos os lados, achei que pelo menos podiam se dignar a fazer um pão clássico decente e não fazer um pão chato coberto de farinha querendo enganar o consumidor. Então não bota a p*rra do nome do pão de ciabatta na etiqueta.
Sem problema, o caldo de aipim levemente encachaçado tornou o pão um coadjuvante bem fuleirinho que nem recebe fala nenhuma e não atrapalha o andamento do script.
Resolução do dia: espero por posts com um pouco mais de inspiração.
domingo, 8 de dezembro de 2013
Um molho que vale uma salada
Essa receita está muito atrasada e espero que a minha memória não me traia, pois o resultado ficou muito interessante com potencial para animar uma salada simples de almoço no trabalho.
Fiz meio de improviso, já que pretendia levar para o almoço do trabalho [estou adepta a levar comida de casa para o trabalho] uma salada cuja base era grão de bico. Pensando de estalo me ocorreu de usar o tahine no molho e temperar tudo com algum tipo de mistura que lembrasse comida árabe.
<<<< O molho levou >>>>
receita pra 1 só
1 colher de café de tahine
1 colher de café de mel
sal e pimenta do reino a gosto
1 tiquinho quase nada de tabasco
azeite também a gosto
É misturar bem e pronto, não tem modo de fazer
<<<< A salada levou >>>>
receita pra 1 só
1 xícara bem cheia de grão de bico
1 tomate picado grosseiramente sem as sementes
1 pouco de damasco seco picado pequeninho
1 punhado de queijo coalho ralado ou cortado em cubos
folhas novas de aipo.
O esquema da marmita foi feito da seguinte maneira:
Peguei a tigela que utilizo como tudo [recipiente de transporte, refratário para cozimento e prato], fiz o molho de tahine com mel, coloquei nessa ordem o tomate picado; o grão de bico e o damasco misturando levemente eles; o queijo e as folhas de aipo. Na hora de comer misturei tudo no próprio pote e pronto.
O resultado final foi muito positivo, visto que a combinação do grão de bico com o molho proporcionou um sabor agradável, levemente adocicado e apimentado na medida pelo tabasco.
Fiz meio de improviso, já que pretendia levar para o almoço do trabalho [estou adepta a levar comida de casa para o trabalho] uma salada cuja base era grão de bico. Pensando de estalo me ocorreu de usar o tahine no molho e temperar tudo com algum tipo de mistura que lembrasse comida árabe.
<<<< O molho levou >>>>
receita pra 1 só
1 colher de café de tahine
1 colher de café de mel
sal e pimenta do reino a gosto
1 tiquinho quase nada de tabasco
azeite também a gosto
É misturar bem e pronto, não tem modo de fazer
<<<< A salada levou >>>>
receita pra 1 só
1 xícara bem cheia de grão de bico
1 tomate picado grosseiramente sem as sementes
1 pouco de damasco seco picado pequeninho
1 punhado de queijo coalho ralado ou cortado em cubos
folhas novas de aipo.
O esquema da marmita foi feito da seguinte maneira:
Peguei a tigela que utilizo como tudo [recipiente de transporte, refratário para cozimento e prato], fiz o molho de tahine com mel, coloquei nessa ordem o tomate picado; o grão de bico e o damasco misturando levemente eles; o queijo e as folhas de aipo. Na hora de comer misturei tudo no próprio pote e pronto.
O resultado final foi muito positivo, visto que a combinação do grão de bico com o molho proporcionou um sabor agradável, levemente adocicado e apimentado na medida pelo tabasco.
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