O pão? Ah, o pão? Será trauma ou excesso de supermercado. [Veja a história completa] Não, eu não fiz o pão com centeio, embora tenha me levantado com o ímpeto de fazê-lo. Só que... Quando comecei a arrumar a cozinha para começar os trabalhos [não gosto de começar a cozinhar com cozinha bagunçada, apesar de às vezes fechar os olhos e fazer assim mesmo] me dei conta que havia um pão que não dera certo sobre a pia - o qual teríamos que dar cabo de algum jeito - e mais dois famigerados sacos de pão do supermercado - os quais havia comprado mais cedo em um impulso de "não podemos ficar sem pão". Despensa vazia dá nisso.
Desistência aceita fui caçar algo para me satisfazer culinarísticamente. Procura no cérebro, antes do Google, e surgiu a imagem... Rocambole! Tenho goiabada e muitos anos me separando do último que comi.
Decidida, comecei a procura no Google por receitas, visto que essa é uma coisa que não faço quase nunca e nunca anotei minha receita favorita.
O rocambole? Ah, o rocambole? Será preguiça ou excesso de ovos. Na boa, um troço que leva 6 ovos [mais expressivo que meia dúzia] não é algo que possa animar alguém a começar uma sobremesa. Deixa isso para um dia em que eu começar mais cedo e com mais paciência.
Pensei em panna cotta. Já havia feito algumas com sucesso, pois acho que no fundo estava mais para sobremesa de comer de colher, depois do jantar e tal. Mas ainda não era isso o que eu queria.
Resolvi então arriscar fazer uma pudim de tapioca, cuja receita me foi passada por uma pessoa no trabalho. Não sem antes duvidar entre ele e um bolo de tapioca enviado pela minha mãe. Essa pessoa - a do trabalho - levou o dito pudim numa festa junina e o orgulho da beleza da obra era tão grande quanto o sabor do pudim.
A receita é bem imprecisa, pois foi copiada de boca e deixada no servidor do trabalho em uma pasta batizada sugestivamente de... Receitas. A dita cuja só tem duas ou três receitas, mas tenho quase certeza que ninguém mais se arriscou a fazer o tal pudim da Lucia, a não ser a própria.
Antes de começar a execução das coisas, no entanto, esse post deve fazer jus a seu título e conter mais um pouco de indecisão: Vai caber o pudim na forma menor? Penso eu? Num momento de raríssimo espírito planejador eu medi um litro de água na forma e concluí que se aquele era o volume do ingrediente de maior quantidade na receita [o leite] o pudim inteiro haveria de caber.
Caramelizei a forma e segui:
{{{{{{{{{{{{{{{ Pudim de tapioca da Lucia }}}}}}}}}}}}}}
Como está anotado na receita original
1 lata de leite condensado
1 vidro de leite de coco
3 ovos (usei dois pois estavam enormes, ou então estou com alguma avareza de ovos hoje)
1 colher de manteiga
2 pacotes de coco ralado - o que deduzir serem 100 gramas
1 copo americano de tapioca
1 litro de leite
O lance é fazer um mingau com o leite e a tapioca e, em outro recipiente misturar os outros ingredientes. Eu bati todos menos o coco ralado no liquidificados.
Uma vez o mingau pronto é só incorporar ele a outra mistura, ou incorporar a mistura a ele, tanto faz e foi o que eu fiz. Nessa hora eu também juntei o coco ralado, pois já que eram flocos em não queria que ficassem triturados.
Feito isso, levar o pudim ao forno em banho-maria e, notem bem, retirar quando estiver [sic] "moreninho". Como o meu está nesse momento [é isso mesmo, escrevo enquanto espero um pudim]. Mas ainda vou deixar mais um pouco.
Só que... aqui começa o desespero. Depois de fazer tudo como a receita mandava o volume do troco aumentou enormemente. Eu fiz o mingau e quando juntei o resto quase não coube na panela. Assim como não deu na forma de pudim que eu havia previsto. Além disso, na hora de despejar na forma a coisa foi espirrando toda na medida que caia fazendo uma pequena, mas frustrante sujeira. Assim...
Toca a caramelizar outra forma de pudim para assentar o restante e procurar um tabuleiro em que coubesse as duas formas para tentar assar em uma fornada só. Não tendo tal utensílio, só me restou colocar somente um dos pudins no forno e assar o outro em seguida.
[Pudim número 2 no forno. Bem na hora que eu falava dele.]
Só saberei se tudo isso valeu quando desenformar, mas talvez não seja o pior dos mundos visto que o infortúnio da forma pode me possibilitar um pudim para levar para o trabalho amanhã ou depois.
Só pra não perder o bonde, não sei se faço pot pie ou panquecas para o jantar.
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