terça-feira, 17 de junho de 2014

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Arroz com quê?

Quando você não pensou no almoço e o seu corpo começa a emitir sons e sinais de protesto contra sua existência diminui muito a probabilidade de se produzir na cozinha alguma coisa digna de nota.

No entanto...

Às vezes...

As forças cósmicas do universo [pra não dizer os deuses] conspiram a favor. Pô, tava demorando, né? Já tava achando que não ia mais rolar.

Levantei da frente do computador aos primeiros sinais de fome para ver o que poderia ser feito pensando logo em um arroz com pinhão, que já estava cozido na geladeira a algum tempo. Só que olhando para eles achei que já haviam esperado tempo demais para serem utilizados e resolvi não arriscar.

Com o pinhão fora do jogo só restou uma lata de atum para fazer com o arroz. Bleh!! Isso tava com maior cara de mexidinho, juntadinho e outras coisas que combinam o que se tem a disposição torcendo para que seja comestível de alguma forma. Longe de mim denegrir a imagem da comida de improviso e de aproveitamento, mas que é uma loteria às vezes, isso é. E que às vezes dá errado, isso também dá.

Ideia, ideia, ideia...

Posso melhorar isso de alguma maneira. Tinha pensado em usar gengibre e shoyu para puxar o prato para algo mais oriental. Tá pode ser, mas também podia radicalizar na ousadia e tentar o impensável para uma comida de emergência: destrancar o preciosamente guardado açafrão.

Não queiram minha cabeça por blasfemar contra alguma regra sagrada da culinária. Nem me colocar na fogueira por desperdício, sacrilégio ou ostentação [termo da moda]. Foi uma opção meio que improvisada e que nem pode ter sido a melhor, mas era um risco que teria que correr.

Fazendo uma rápida pesquisa.

"O que você prefere, gengibre ou açafrão?"
"Açafrão, não sei direito se lembro do gosto."

Nada como as explicações mais simples para os fatos complexos da culinária. Vamos de açafrão. Mas não somente...

Meia xícara de arroz foi cozido em um caldo que levou alho, cebola, pimenta e 1/2 lata de atum refogados em azeite. Açafrão, claro!. Azeitonas pretas, sal e pimenta do reino. Somente isso e para finalizar pedaços da outra metade da lata de atum.

Ficou ótimo, surpreendente para a rapidez com que foi feito, mas o melhor foi a combinação do prato com um suco de lima da pérsia, gengibre e água gasosa.

Almoço de emergência mas nem por isso negligenciado.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Um almoço à indiana sozinha parte 2

Tá frio! Isso é uma resolução diária para minha pessoa. Acabar o verão por aqui é igual a frio constante.

Acabou o tempo da salada, dos sanduíches refrescantes e bem vinda temporada de caldos, sopas, e coisas quentes, escaldantes e confortantes de modo geral.

Isso é tema para todas as refeições. Em um dia em que eu tinha que almoçar sozinha e o resultado poderia ser qualquer um porque não teria ninguém para agradar, avaliar ou sofrer calado, resolvi levar a coisa para a cozinha indiana para aquecer a refeição solitária.

Não tenho experiência nesse tipo de cozinha, só sei que ele é praticamente uma fonte confiável de calor instantâneo e me inspira de imediato a sensação de estar confortavelmente instalada sob cobertas felpudas e aconchegantes.

Junta-se a necessidade de querer espantar o frio a situação de entressafra de compras em que estou mergulhada. Lembra do desânimo para a culinária? Então, afetou o incompreendido prazer de passear no mercado também. Mas já tô voltando ao normal. Espero!

A decisão sobre o que fazer para o almoço foi simplificada por:

Não tinha muitas opções de prato a serem feitos devido à falta de matéria-prima;
Queira algo quente, daquele jeito que a sua cara fica vermelha quando você come [gengibre];
Tinha que ser algo vegetariano [não tinha carne e se tivesse também não estava no clima para isso];
Essa receita já havia chamado a minha atenção recentemente;
Milagrosamente eu tinha tudo o que a receita pedia;
O grão de bico tava lá abandonado no freezer envolto pelo vento ártico que circula no espaço vazio;
Eu queria comer isso!!!!!

Peguei a referência no site LaCucinetta, com a ressalva da autora de também não ser expert em cozinha indiana. Mas, quem se importa? Eu queria aquilo pra mim, no almoço. F***-se o resto!

Essas reflexões e receita nem seriam publicadas, mas nesse momento estou atendendo a pedidos que me chegaram calorosos e desesperados via whatsapp.

Recado 1: Alguns ingredientes não são muito fáceis de achar por aí, mas eu posso conseguir para você [para a autora dos pedidos calorosos].

Recado 2: Não tem recado 2, mas eu coloquei o 1 então queria seguir uma lógica.

A receita tá aqui ó http://www.lacucinetta.com.br/2014/05/um-almoco-indiana-seguindo-com.html, mas colei ela aqui embaixo pra facilitar.

As minhas modificações foram usar Passata de Tomate no lugar do tomate em lata e omitir o limão. Por quê? Por que? Não tinha! O limão. O tomate em lata eu tinha, mas a passata tava aberta.

Outra coisa, não fiz a mesma quantidade proposta na receita abaixo; os tempero foram todos colocados no olho e também usei um pouquinho de canela na mistura de temperos secos.
GRÃO-DE-BICO COM GENGIBRE
(Do ótimo Vegetarian Cooking for Everyone, de Deborah Madison)

Ingredientes:
3 colh. (sopa) óleo vegetal
1 cebola grande, picada
1 folha de louro
3 dentes de alho, picadinhos
2 colh. (sopa) gengibre fresco ralado
2 colh. (chá) semente de coentro moída
2 colh. (chá) cominho moído
1/4 colh. (chá) cardamomo moído
sal e pimenta-do-reino
2 tomates, sem pele e em cubos (usei meia lata do italiano)
1 1/2 xic. caldo do cozimento do grão-de-bico ou água
3 xic. grão-de-bico cozido ou 2 latas, escorridas e enxaguadas
suco de meio limão

Preparo:
Aqueça o óleo numa frigideira grande em fogo médio. Junte a cebola e cozinhe, mexendo frequentemente, até bem dourada, cerca de 12-15 minutos.
Abaixe o fogo e junte o louro, alho, gengibre, especiarias, 1/2 colh. (chá) cada de sal e pimenta, e os tomates. Cozinhe por 5 minutos, junte o grão-de-bico e o caldo e deixe levantar fervura. Cozinhe até que fique com uma consistência mais grossa, de molho. Acerte o sal e a pimenta e tempere com o suco de limão.

Na verdade eu não fiz todos os pratos do post. Fiz arroz branco com um extra de alho e o grão de bico com gengibre. Porque era o que tinha e porque era só pra uma pessoa, né?

Ah! O título é pra fazer uma referência à referência de onde tirei a receita.

Quero muito esses livros da Deborah Madison, mas já coloquei e tirei do carrinho da Amazon umas 20 vezes.

Como explicar que uma pessoa que não tem nada em casa, tenha cardamomo, coentro em grãos e gengibre. Eram os deuses conspirando para que eu fizesse esse prato, só pode!

Sério, eu tinha tudo isso em casa. E nada mais além disso, quase.

Pensando agora. To chocada!! Ou, bolei!

Comi a foto!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Salada sim, salada não

Salada não tem receita. Isso é fato! Mas uma combinação correta de ingredientes pode fazer toda diferença e quando isso acontece... Heaven!

Aconteceu ontem mesmo no jantar. Estava até disposta a comer algo mais substancial que uma salada, afinal estamos no outono. Mas não tava muito afim de fazer algo dessa categoria de comida.

Minha indisposição para a cozinha continua firme, mas acho que parando de falar sobre isso ela talvez melhore. Falta inspiração para coisas novas e aquela boa vontade de começar os trabalhos.

Ideias eu até tenho muitas, passo um bom tempo destrinchando mentalmente a despensa para montar as combinações que ficam entre a pretensão da novidade, a vontade propriamente dita de comer alguma coisa específica e a mais frequente o que está morrendo na geladeira/despensa/armário e precisa ser utilizado urgentemente.

Crio mil e um planos de ação para passar uma tarde agradável na cozinha fazendo vários quitutes mas quando chego em casa... Blééé. Só a louça na pia já faz pensar em dar meia volta e virar consumidora de comidas prontas, por pior que o gosto disso possa parecer.

Já eram 5 horas quando a comida começou a ser preparada e uma rodada rápida pelo meu feed de blogs de comida já havia me direcionado a alguns dias atrás para essa receita. Entre o que iria ser e o possível àquela hora, essa salada me pareceu a melhor coisa que poderia sair da cozinha àquela altura.

Tinha todos os ingredientes? Claro que não! Então segue no improviso, usando o que se tem e dando um pouco mais de substância ao acrescentar uma lata de atum na receita original. De igual mesmo só a cenoura e a quinoa, o resto foi o possível.

Usei 2 cenouras, 1/2 xícara de quinoa, cramberries, passas pretas, atum em lata, gengibre fresco picado, sal pimenta do reino, vinagre de arroz, azeite, um pingo de óleo de gergelim [isso fez diferença], gergelim e um pouco de um mix de castanhas que já estava pronto e era o que tinha para dar a textura crocante. Pronto.

Ficou ótimo. Comemos com pão integral torrado e uma fatia de queijo minas padrão. Versátil, porque vai como salada, vai como recheio de sanduíche e vai assim como comemos, sobre o pão como uma brusqueta diferente.


sábado, 24 de maio de 2014

Queria voltar mais aqui

É isso. O título resume muito bem a intenção, mas a disposição não acompanha.

A cozinha tem sido mais do mesmo  e a preguiça geralmente tem sido maior do que a curiosidade.

Inspiração tenho pouca, mas parece na verdade que estou presa a alguma coisa que não me deixa sair do lugar. Alguma força imobilizante que vai fazendo com que tudo seja adiado.

Não, não é uma momento difícil ou infeliz. Estou bem, e bem feliz. Só que melhor fora da cozinha por enquanto. A felicidade não está mais nas receitas e coisas gostosas que se pode fazer para comer.

Mas com certeza está na boa comida. Dessa sim eu não abro mão.

Fechei temporariamente a padaria de fim de semana e as invencionices culinárias estão cada vez mais escassas.

Queria voltar mais aqui, mas não sei pra quando.


sábado, 10 de maio de 2014

Momento de tensão será que vai?

Estou com um bolo de açúcar mascavo no forno. Preparado com maior boa vontade. Mas eis que o neurônio organizador da multitarefa deu uma pifada.

Fazendo bolo e conversando no whatsapp a vaca pode ter ido pro brejo. Ou o bolo para o lixo.

Esqueci o fermento!!! Isso não me acontecia a um tempão. Puxa, que azar. Quando comecei a guardar as coisas peguei o pote de fermento e o filme do fracasso passou na minha cabeça.

É você esqueceu. Não adianta tentar criar uma imagem ilusória na cabeça para te convencer da não realidade. Fudeu!!

Já convencida que pior não iria ficar. Que seria ingenuidade eu achar que iria descobrir uma variação revolucionária, inédita e original de brownie  - como chegou a passar pela mente e rapidamente foi refutada pela visão "vai gastar gás à toa".Que tava tudo tão perdido!

Fiz o improvável e jamais recomendado para o caso de bolos...

Abri o forno...

Peguei a quantidade de fermento necessária e misturei à massa delicadamente com a espátula e devolvi ele para o forno.

Ele tá lá, parece saudável. Não sei ainda se o final da história será feliz! Se haverá a redenção da cozinheira que fala demais no whatsapp. E olha que eu nem uso tanto.

O cheiro tá bom, mas ainda há uma ponta de dúvida. Daqui a pouco saberei se essa será mais uma proeza culinária engraçada para contar depois.

Voltando para registrar o final da história.

Deu certo de um modo diferente. O bolo não cresceu como normalmente cresceria, mas também não ficou solado. Batizado de mezzo bolo|mezzo brownie, ficou bom, deu pra comer e ninguém reclamou.

A teoria da improbabilidade infinita hoje funcionou direitinho.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Curiosidade de um dia de inspiração

Sábado compramos um carro novo. É Amarelo Solar igual a Le Creuset.

Pedido inusitado, vida natureba e questões, muitas questões

Ontem eu recebi um pedido inusitado do comedor de bolos. A questão não estava naquilo que havia sido pedido em si: um bolo com passas.

A singularidade estava na iniciativa tão espontânea de pedir um tipo de bolo, visto que, todas as vezes que eu pergunto qual bolo a pessoa vai querer ela responde: "Qualquer um, desde que seja bolo."

Desde que seja bolo significa:

1. Nunca coloque frutas dentro da massa do bolo de modo que os pedaços fiquem mastigáveis.

2. [Quase sempre] Não faça bolos com cores exóticas. Especialmente as que pertencem a paleta de cores de embalagens de produtos farmacêuticos. Isso só aconteceu uma vez com um bolo de beterraba e até hoje é lembrado e recontado vividamente e com requinte de crueldade.

3. Nunca coloque frutas dentro do bolo exceto se elas forem banana, maçã [com ressalva], ou limão.

Idiossincrasias a parte, eu fiquei chocada momentaneamente com um pedido tão direto e ao mesmo tempo inédito. Passas não são, assim, uma coisa muito amada que ele não pode viver sem. Gostar pode até ser que goste, mas não não com aquele desespero de quem trocaria um dedo por elas.

Tava já chegando a hora do bolo [domingo à tarde é sempre propício para um bolo] e eu não via muitas alternativas para o pedido. Vai ver que era porque eu não havia procurado. No entanto, ao pensar passas me vem imediatamente a ideia de integral - não me pergunte o porquê [esse eu sei que é junto e com assento].

Fui procurar algo que achei que tivesse visto no livro Panelinha da Rita Lobo. Um bolo integral com várias frutas e castanhas. Folheando, vi que tinha uma versão integral de bolo de cenoura que me interessou. Tô numa vibe meio culpa meio natureba sem saber o que exatamente vem primeiro: se a neurose ou a saúde. Lendo os ingredientes do bolo, adivinha o que tinha na lista: passas. Sinal, sim um sinal! Era o bolo que deveria ser feito naquele dia. Muita coincidência!

Não pensei muito e comecei a separar os ingredientes temerosa que a falta de uma farinha branca fosse inviabilizar a mastigação no futuro. Apesar disso, segui com a coisa e troquei audaciosamente 1/3 de farinha integral por fibra de trigo.

O bolo é um espanto de umidade e fica com um sabor muito marcado de melado, provavelmente por causa do açúcar mascavo. É denso, mas não é pesado, nem ficou duro. A cenoura ralada fica mastigável, mas em muita harmonia com as passas [mesclei escuras e claras]. Resultado muito bom, com as solicitadas passas e bastante saúde embutida. Vai para os favoritos e para o blog! Já tá indo.

Uma curiosidade é que não comprei este livro para mim. Comprei para presentear uma amiga oculta que, descobri, na última hora [dois dias antes da troca dos presentes], já ter o livro. Como comprei pela internet e não poderia trocar a tempo, resolvi ficar com ele e comprar outro livro para ela. Como um presente indireto este livro tem até sido bastante útil, já que é o segundo bolo natureba feito nesta casa que saiu de suas páginas. Tenho folheado ele e gostado de ler quando não tenho muita inspiração.

Conclusão: quando for dar um livro para alguém compre um que você não tenha que poderá ficar para você sem o sentimento de estar sendo consumista.

Vou ver se consigo uma foto. Já que comprei uma câmera nova! A câmera! Já tem um mês e não produzi nenhuma foto de comida para o blog.




Para não dizer que escondo informação... Até de mim mesma

No episódio de hoje: sorvete de baunilha. De novo? Sim, de novo. Por quê? Porque das outras vezes não foram receitas "definitivas" [se é que isso existe]. 

Escrevi essa receita, que é a que eu tenho usado para sorvete de baunilha, para uma amiga que adquirira sua sorveteira [não foi bem comprada, mas conseguiu]. Como a receita tá tão bem explicadinha e eu lembrei que esqueci de postar o update da receita que estou gostando atualmente vou colocar a mensagem na íntegra aqui para ficar como referência.

Eu não consegui manter uma receita "definitiva" de pizza. Toda vez que vou fazer tento alguma coisa. Outra coisa que tem variabilidade constante é a receita da granola caseira - hoje já feita totalmente free style, com ingredientes sendo adicionados de modo completamente aleatório. 

Mas sorvete... Sorvete não, não há espaço para experimentações radicais em algo que tem tanta química e física envolvidas. Eu também não tenho muita experiência com a coisa para ir modificando ao deus [pode ser qualquer um] dará e por isso acho que mantenho-me oprimida entre as regras e quantidades.

Vou reproduzir o texto do e-mail como foi enviado para que tudo fique arquivado. E, como era de se supor, essa receita não tem foto. Tava afim de fazer sorvete de baunilha aqui em casa, mas por algum motivo as favas estão em falta e não tô conseguindo colocar a produção em prática.

Oi,
Pra você não ficar espalhando que eu guardo informação só pra mim eu ia te mandar os livros que eu tenho sobre sorvete, mas o tamanho do arquivo é muito grande e não consegui enviar por email.
Pra compensar...
Apesar de eu saber que essa sorveteria vai ficar pegando pó por pelo menos dois anos, aí vai a receita que eu uso para o sorvete de baunilha. Fui testando e cheguei onde eu queria em termos de sorvete de baunilha.
Sorvete de Baunilha
xícara de 250ml
2 xícaras de leite (500 ml)
1 xícara de creme de leite fresco (250ml)
3/4 xícara de açúcar (150 gramas)
6 gemas
1 fava de baunilha
1 pitada de sal
1/2 dose de vodca (25 ml) (opcional, mas ajuda nos processos, não só para alcoolizar o sorvete)
Pra fazer é que tem que ter cuidado porque quando você mistura líquido quente com ovos eles podem talhar e virar ovo mexido.
Primeiro você aquece o leite o açúcar e o sal até dissolver o açúcar. Coloca as sementes da baunilha e a fava nessa mistura. (se não souber como usar a baunilha veja aqui: http://desafiosgastronomicos.blogspot.com.br/2013/09/tecnica-como-abrir-fava-da-baunilha.html)
Depois de aquecer deixar a baunilha em infusão por 1 hora, mas eu nunca faço isso porque não tenho paciência de ficar esperando.
Bata as gemas em uma tigela funda. Se você tiver deixado o leite em infusão, reaqueça ele.
Aí que vem a parte perigosa: juntar o leite quente com as gemas frias. Você tem que colocar cerca de 1/3 do leite na tigela das gemas e misturar simultaneamente para as gemas não cozinharem. Depois que estiver misturado, pode jogar o restante do leite. Se acontecer de as gemas talhares, não se desespere, é só passar tudo pela peneira depois.
Depois de juntar tudo leve ao fogo baixo novamente, mexendo sempre até parecer um mingau mole. Esse é o custard. O ponto certo é você afundar a colher na panela e retirar, se a mistura cobrir as costas da colher está pronto.
Tá quase acabando: Deixe o custard esfriar um pouco, junte o creme de leite e coloque para gelar.
O bom deixar na geladeira de um dia para o outro antes de bater na sorveteira. Antes de bater, retire a fava da baunilha da mistura (não joga ela fora!!!), claro.
Agora sim, use a sorveteira conforme as instruções.
Lição de hoje: Nem sempre o mais simples é mais fácil, mas é sempre mais gostoso.
Ah! você pode lavar a fava de baunilha, secar com papel toalha e guardar dentro do pote de açúcar que ele fica aromatizado.
Desculpa o texto gigante.
Beijo e bom carnaval!

terça-feira, 4 de março de 2014

A volta dos que não foram: bolo de nozes bem depois do Natal

Esse blog tem falado mais de retorno do que de comida. Poderia ser um blog de nostalgia e promessas não cumpridas, mas não. Ainda não! Not yet! Eu tenho cozinhado, porém nada de diferente e que mereça ser passado para frente como peça eternizada de conteúdo duvidoso na internet.

Preciso postar o link de onde retirei uma receita de bolo de nozes que realmente me agradou. Aquela coisa de que vou esquecer o link e tal...

Mas dessa vez aconteceu algo realmente bizarro. Agora acabou de acontecer. Fui procurar no histórico de navegação o link do site de onde eu tirei a receita para colar aqui. É um site achado na busca do google e que eu não frequento, logo, a chance de lembrar dele daqui a uma semana é nula.

Nisso eu fiz a pesquisa no google novamente e fui clicando nos links marcados como visitados. [Veja bem, eu fiz o bolo no domingo e já não sei o endereço do site]. Daí que a página da onde retirei estava fora do ar e o google me deu a opção de exibir a página em cache. Claro que ainda estava no cache, porque foi acessada no domingo. Então copio aqui a receita que consegui extrair desse conteúdo em cache, porque o site mesmo já era.

Ou seja, deixar essas coisas para depois pode realmente não ser uma boa ideia, porque quase que perco a receita pra sempre. Ou por pelo menos um tempo indeterminado, visto que o blog pode ter caído de carnaval.

Bolo de Nozes com Baba de Moça
3 ovos
2 xícaras de chá de açúcar
3/4 de xícaras de chá de óleo
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 xícara de chá de iogurte natural
1 xícara de nozes picadas
1 colher de sopa de fermento em pó

Recheio (Baba de Moça):
1 xícara de chá de leite de coco
1 1/2 xícara de chá de açúcar
2 xícaras de chá de água
1 colher de sopa de manteiga
6 gemas
4 unidades de cravos da índia

Modo de Preparo:
1. Na batedeira, bata os ovos, o açúcar e o óleo.
2. Acrescente a farinha, o iogurte e as nozes, misture bem e finalize com o fermento.
3. Unte a forma com manteiga e farinha, despeje a massa nela e leve ao forno preaquecido por 40 minutos (fogo médio).
Recheio (Baba de Moça):
1. Junte a água, o açúcar e os cravos e ferva até o ponto de fio. Tire do fogo e adicione a manteiga.
2. Misture as gemas peneiradas ao leite de coco. Quando a calda estiver morna, junte a mistura. Mexa bem.
3. Volte tudo ao fogo médio, mexendo sem parar até engrossar levemente. Resfrie antes de usar.
Para montar:
1. Corte a massa no meio e passe uma camada do recheio no meio.
2. Feche o bolo e passe uma camada em cima. Não deixe escorrer e decore como preferir.
Esse bolo faz o maior sucesso!

Não fiz a baba de moça, porque não achei necessário, mas vai o crédito da receita que estava no site Naked Cake, da Chef Lu Zaidan.

Falando do bolo em si, não me lembro de ter comido bolo de nozes. Já comi bolo com nozes, mas em que o sabor predominante era outro. Também já comi aqueles bolos que o pessoal coloca um pouquinho de nozes trituradas em cima só pra dar um toque mais amendoado. E eu tenho problemas com esse negócio semântico do bolo.

Nessa receita a noz predomina e o bolo fica realmente muito bom. O iogurte dá um pouco mais de umidade à massa o faz com que ela fique melhor no dia seguinte quanto parece que os sabores se apuram e integram melhor. [Deve ser por isso que esses bolos de natal europeus ficam trocentos dias descansando]

Fiz uma pequena substituição na receita original que foi usar 1/2 xícara de açúcar mascavo no lugar do comum, mas acho que vai da certo também se fizer com 50/50.

Em termos de bolo de nozes, creio que este foi o melhor único bolo de nozes que já fiz na vida. Sem mais!