sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Novidade de Atum...

Ou uma receita com nome brega!


Aqui em casa o atum de lata é o ingrediente coringa/salva-vidas. Basicamente porque combina com tudo - até com preguiça de ir para a cozinha - e até os iniciados nível 1 no ramo culinário doméstico conseguem "prepará-lo" à contento.

Na verdade, esse adjetivo de salva-vidas não veio junto com o atum, mas foi sendo atribuído a ele na medida em que as ocasiões de estoque mínimo de outros ingredientes ele sempre esteve lá, no fundo do armário da cozinha para ser servido com arroz ou macarrão.

Hoje, mais uma vez tive que recorre a ele, mas por motivos diferentes dos costumeiros. Os diálogo incompleto a seguir expressam essa diferença.

1. "Nunca vi o congelador tão povoado".
2. "Abri uma lata de atum hoje, pra fazer com macarrão".
3. "Você prefere comer atum no pão para não ter que comer macarrão de novo? Ou arroz, salada e atum? -Pão, com certeza o pão, salada não (cara de nojo)." Updated: Devia ter sugerido o arroz primeiro?
4. "Tem que abrir um [saco de] pão novo? - Sim, porque você acha que eu fiz macarrão"

Havia comida, mas também a necessidade de dar fim a lata já aberta na geladeira e um pouco de resistência a saladas.

E aí veio o espírito culinário que foi montando a receita a seguir. Literalmente, a montagem da receita, não a vinda do espírito, porque foi feita com a mistura das coisas que haviam no armário à disposição. Então o jeito de fazer foi mais ou menos assim:

Abri a geladeira, dei uma conferida no que existia e fui pegando o que queria e colocando sobre a pia para a preparação. Lembrando de outras coisas e incorporando à receita, tudo junto ao mesmo tempo, com um jeitão meio chef. Jamie Oliver Style. Foi legal, porque me senti interagindo com a comida, como ele fala mesmo, mas é algo difícil de descrever, uma surtação culinária.

E assim foi:

Preparei um molho frio de atum, com atum - dã; molho de tomate - pode ser pronto; um milímetro de sal; azeite extra-virgem; cubos bem pequenos de tomate e amêndoas grosseiramente picadas, porque lembro que pensei em algo crocante também na textura da coisa. Em uma fatia de pão de forma, espalhei queijo cottage, joguei, assim, o azeite extra-virgem com a garrafinha balançando, pus o molho com a colher por cima. Agora vem a parte da surtação culinária. Peguei um galhinho de dill do vasinho - vulgo, copo de requeijão - de cima da pia e fui picando com a tesoura sobre o molho no pão, e, não acabou, moí pimenta síria por cima de cada pão, mais um fio de azeite e forno até começar a cheirar a atum na cozinha. Basta dar uma conferida na cor e tostadice da parte de baixo do pão e pronto.

Me arrependi de ter esquecido a canela enquanto os pães estavam no forno, mas não fizeram falta, ficou bem gostoso mesmo.

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