sábado, 17 de dezembro de 2011

Couscous marroquino e faxina, uma combinação quase perfeita

Eu hoje acordei virada do avesso. Não literalmente é claro, mas, digamos, em termos de espírito. Normalmente meus fins de semana são de cozinha e preguiça. Cozinha para cozinhar, apenas. E preguiça por todos os poros que só me permite fazer - além de cozinhar é claro - o extremamente necessário que tenha que ser terminado antes de a segunda chegar, ou seja, obrigações de todo o tipo - trabalho ou estudo. Surpreendentemente, meus fins de semana também tem sido ocupados por outra tarefa quase viciante, até então bem pouco explorada, que é ficar escrevendo sobre comida neste blog que vos fala.

Mesmo as tarefas que faço obrigada nos fins de semana são de cunho absolutamente intelectual, feitas sentadinha na frente do computador e que beiram a monotonia de uma alma preguiçosa. Mas hoje, não! Hoje minha alma acordou com uma "Maria" embutida. Estava muito mais disposta para tarefas hard, em que cujas habilidades braçais do ser humano sejam exploradas em proporções maiores que o intelecto. Tanto que essa frase saiu da minha boca, apesar de agora, escrevendo sobre isso, nem eu mesma acredite [taí a vantagem de escrever um blog]:

"Amor, vamô lavar o chão da cozinha?"

O espanto não foi só meu, mas de fato lavamos não só o chão da cozinha como os armários, fogão e geladeira, num espasmo faxineiro de uma vez só. O faxinão do Natal, tal como minha mãe costumava a fazer mais ou menos nessa época do ano, em que todo um ritual era executado como que preparando o lar para a data festiva. Pelo menos confio que a minha sanidade mental está em dia por saber que não cheguei no nível de pendurar 2000 pisca-piscas em volta de todas a fachada da casa como um letreiro de estabelecimentos comerciais [ou não] de mal gosto.

O resultado comestível dessa história do faxinão, que achei que nem fosse postar, dado ao meu espírito virado de hoje, foi uma salada completamente nutritiva e fácil de fazer com couscous marroquino, esse ilustre desconhecido. Veja bem, estávamos na maior batalha contra as sujeiras e gorduras, cansados e famintos e ainda assim, esse prato foi tão "Quick and Easy", que mesmo com a cozinha toda virada não apelamos para o sanduíche de pão com ovo. A preparação dele me habilitou completamente para a função de cozinheira em lugares inóspitos, visto que foi feito em um dois palmos de pia, com pouquíssimos utensílios e montado nas mesmas tigelas em que comemos, ou seja, quase nada de louça no final.

Conheci o couscous nas andanças pelos blogs e sites de comida na internet e hoje reverencio-o completamente. O troço fica pronto em 5 minutos assim: coloca-se o couscous em uma tigela [com certeza a mesma em que irá comer], deixa ele hidratar com água quente por 5 minutos e pronto. No meu caso eu misturei com tomates cerejas cortados em quatro [eram tomates quase laranja de tão grandes], aipo, queijo minas em cubinhos, passas pretas e uvas cortadas ao meio. Depois é só temperar com azeite, sal e pimenta síria e se alimentar com uma refeição saudável e nutritiva. Quanta mudança nesses hábitos!!

A combinação é quase perfeita que esse negócio de caboclo limpador não se cria comigo, não e já cantou pra subir tão logo a faxina começou. E vem vindo a vontade de se jogar no sofá e ficar por lá mesmo.

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