Particularmente, eu tendo a achar que problemas com textura é puramente cultural e pode ser resolvido com o hábito de comer determinada coisa. Ainda assim, apresentar determinado ingrediente em outros formatos facilita a vida dos que não gostam de sua textura e podem ser uma boa porta de entrada para a apreciação do gosto pura e simplesmente.
Foi o que fiz no caso dessa pasta de grão de bico. Quando comprei uma lata do grão pronto para o consumo já tinha em mente fazer algo do tipo, mais parecido com homus tahine, é verdade. Ontem eu abri a lata e usei metade dela numa saladinha apenas para mim na hora do almoço. O que sobrou virou uma pasta bastante saborosa para um lanche corrido hoje depois de pedalar um monte, embora não ao estilo imaginado por pura falta de tahine.
Sair para pedalar me fez bem, enquanto eu estava em plena atividade, bastando chegar em casa para me sentir completamente destruída. O corpo esfria e você sequer sente suas pernas mexerem apropriadamente - ou seja, com mínima coordenação - mas eu tava precisando mesmo de sair um pouco da vida sedentária que venho levando nesse início de ano, sair de casa, respirar ar puro e apreciar belas vistas de montanhas. E a bicicleta funciona bem para isso, pois dá pra ir devagar e sempre me concentrando para não perder o fôlego antes da hora.
Não tem foto de pasta, mas tem o visual do passeio. Inda peguamos chuva e me caguei toda - de barro - na volta do passeio.
Pedala, pedala, pedala, e... ah, o visual |
Bem que o pessoal pediu um bifinho para o almoço pós-pedal, mas acho que a minha cara de destruída estava muito desesperadora que acabaram desistindo da ideia. Eu mais que pronto coloquei a pastinha salvadora em ação para comer com pão integral. E também funciona muito bem com biscoito doce, tipo maisena, por mais incrível que isso possa parecer. Acho que também serviria para passar em torradas e talvez até gratinada com pão como base.
Enfim, para a pasta bati no processador meia lata de grão de bico pronto que deveria ter uma xícara mais ou menos, com meio dente de alho, meio copo de iogurte [80 gramas mais ou menos], um punhado generoso de hortelã fresco, sal, um pouco de pimenta fresca e azeite. O negócio é ser bem batido até tudo virar uma pasta como um patê bem consistente. E vale muito a pena, além de ser rápida e prática para servir com ou mais variados tipos de pratos.
Esse é um jeito de comer grão de bico que funciona até com os mais resistentes, pois a textura muda completamente e, por isso, foi aceita sem maiores problemas aqui em casa pela parte menos, digamos, como-qualquer-coisa-que-me derem. Porém, sempre tem um porém, tenho que testar outras maneira com uma interferência menor dos temperos fortes como hortelã, já que o comentário foi : "Tá ótimo, tá tudo com gosto de hortelã! Ele tomou conta de tudo e o grão de bico é só um elemento QSP".
Eu falo isso desse jeito aqui no blog e pode até passar uma ideia de inesperado, mas foi só eu botar a boca na pasta que eu já senti que o comentário iria ser esse.
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