quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Heaven: quando tudo dá certo na cozinha

Como eu já falei hoje, fazer exercícios deu um start em alguma coisa que havia perdido desde o fim do ano passado. Voltei pra casa bem e determinada a executar, não gente, mas planos.

Eu ainda planejo as nossas refeições com antecedência antes mesmo de sair às compras, o que me ajuda a comprar menos e evitar o desperdício. Ultimamente, acho que tenho relaxado um pouco na coisa de comprar o estritamente necessário para a sobrevivência e me deixei levar por umas cerejas aqui, um queijo diferente ali que talvez tenham sido adquiridos por mero impulso. Entretanto, radicalismos a parte, acho que estou tentando chegar a um meio termo, já que considero a fase inicial de adaptação como etapa concluída neste processo de mudança de hábitos. Agora eu tenho um plano, mas estou um pouco mais aberta a improvisos, desde que não comprometam a regra do desperdício.

Uma das extravagâncias recentes foi um pedaço de queijo feta que me deixou enlouquecida diante dele na geladeira do supermercado - ficarei conhecida conhecida como a louca da geladeira? - pensando se devia ou não comprá-lo. Pega na prateleira: ah, eu mereço um queijo diferente. Bota na prateleira: vou comprar ricota mesmo. Pega de volta: mas porque não, né?. Devolve: é meio caro. Aí, o que eu faço. Levei o queijo pra casa. Acho que não tô batendo bem mesmo, porque tenho a impressão de que ele nem era tão caro assim e nem se compara com ricota, a qual também tem seu valor se não for comparada com um delicioso e forte tipo feta.

Queijo na geladeira e muita vontade de usá-lo, já foi para uma salada logo no segundo dia e seu gosto forte e ligeiramente salgado joga por terra qualquer pensamento que associe salada a uma coisa sem graça. Na boa, entre o feta e a mussarela de búfala sou mais feta. Como disse meu querido companheiro: "A única coisa que me decepcionou um pouco na culinária italiana foi a mussarela de búfala, pois o resto dá sempre certo!" A pessoa tá virando um gourmet nas análises. Também o tanto que eu encho o saco com as explicações todas e praticamente obrigando o pobre a ficar me vendo deslumbrada folhear um livro de mais de mil páginas, só podia dar nisso.

Ponto pros gregos!

Mas o bom é que o feta combina muito bem com o resto do kit cucina italiana: tomate e manjericão. Ontem foi a vez do queijo figurar numa salada de improviso feita para um jantar quase lanche, já que remediou aquela fominha do início da noite. Estávamos bem e sem fome, vendo seriados, quando a luz começou a piscar e o computador deu tilt por causa das quedas de luz. Parecia aquelas cenas de filme de terror em que todos os eletrodomésticos ficam ligando e desligando sozinhos. Caiu uma fase da eletricidade, então o seriado foi pra conta e só nos restou ir para a cozinha - à meia luz - arrumar alguma coisa pra passar o tempo.

Chamei a salada, simpaticamente, de salada de cubos e nas cambuquinhas juntei tomates de um tipo berry, que eu nunca tinha visto até achar a bandejinha no mercado e ter que comprar [é um impulso quase incontrolável comprar um vegetal que eu não conheço - paciência]. São muito doces e valeram a pena. Depois pão de forma caseiro, sal, azeite, pimenta moída da hora, folhas de manjericão e queijo feta. Não preciso dizer que estava tudo cortado em cubos. Pra finalizar e dar um pouco de sustância, fiz dois ovos poché e coloquei por cima de tudo.

Incrível, o molinho da gema, derretendo e agregando sabor aos vegetais. Vou falar: os mais reticentes comeram e ficaram felizes e satisfeitos, cantando aos quatro ventos que aquela salada era ótima e que comeria de novo. O meu mais novo problema com a salada é que acaba rápido e não enche a barriga dos mais vorazes, mas isso é um bom problema, afinal, daqueles dos quais não podemos reclamar.

Vai parecer um déjà vu, só que hoje eu cheguei bem disposta da rua e fui fazer o almoço seguindo o plano do almoço para quarta-feira: macarrão integral com vegetais inspirado livremente neste aqui. Estava pretendendo usar um restante de vagens francesas que já estavam cozidas na geladeira com alho, hortelã e o queijo queridinho nesta temporada. Mas aí, achei que o tomate ia dar uma cor tão boa que resolvi colocar também e ficou parecendo a comida de ontem. Ficou muito bom, é o tomate foi providencial, dando um up no prato tanto visualmente quanto no sabor.

Para o macarrão de hoje - que poderia ser considerado uma salada morna - usei um pouco de macarrão fusilli integral [eu meço a massa crua no prato, um para casa um que vai comer, e jogo na água], tomates cortados em cubos e marinados em azeite, sal, orégano fresco florido e raspas de limão siciliano ultra perfumados, vagens refogadas em alho e azeite. É só juntar tudo na panela e finalizar com folhas de hortelã rasgadas e queijo feta esmigalhado.

Obra-prima! Com direito a uma vagem rebelde.

Lindo prato e muito saudável. Sem contar que também foi aprovado e estou contente nesse momento com meus resultados na cozinha. Andava meio mais ou menos com alguns resultados não tão satisfatórios e hoje tudo deu certo. Acabei de comer um dos melhores pães que já produzi, sobre o qual devo escrever amanhã e isso foi absolutamente fabuloso. A cozinha é, definitivamente, o meu território!

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